Trilha sonora

domingo, 13 de novembro de 2011

CONTOS POLICIAIS MUITO BONS!


Não farei uma resenha muito grande, pois Sir Arthur Conal Doyle está pra lá de consagrado na literatura policial. Apenas expressarei, de forma sucinta, minha opinião sobre esta pequena coletânea de cinco contos do celebrado escritor escocês.

1) A Faixa Malhada: acho que foi o meu preferido, pois achei a trama criativa e até mesmo horripilante. Mas antes que Sherlock revelasse o que seria a "faixa malhada", eu percebi do que se tratava.

2)Um Escândalo na Boêmia: aqui, nosso sagaz detetive conhece Irene Adler, "a mulher". Ele encontra alguém à sua altura, no que concerne a inteligência e astúcia.

3)A Liga dos Cabeça-Vermelha: chega a ser engraçada, pois lembra os golpes que as pessoas sofrem por parte de vigaristas. Sabe aquela célebre frase: "quando a esmola é grande..."? Desconfie!

4)O Problema Final: relata a "morte" de Sherlock Holmes, sempre através das narrativas de Watson.

5) A Casa Vazia: triunfante retorno de Sherlock Holmes.

Sherlock Holmes, além de inteligente e lógico, possui de um senso de humor inigualável! Frio e sarcástico, ele consegue irritar seus inimigos, pois além de tudo, é destemido.

Obra altamente recomendada.

sábado, 5 de novembro de 2011

UM ACHADO!!!


SINOPSE:

Um serial Killer choca o mundo após dar início a uma onda de assassinatos brutais, com perversos requintes de crueldade. Sua metodologia: ressuscitar os crimes mais hediondos do passado, utilizando-se de pessoas inocentes como alvo. Em sua lista, alguns dos casos que mais chocaram o país: Von Richthofen, Daniella Perez, PC Farias e o sinistro Meninos de Altamira.

Chamado pela mídia de O Copiador, o sociopata deixa em cada um de seus crimes  a foto da próxima cópia, e uma aterradora promessa: "As mortes não cessarão enquanto Dom João da Costa Cunha continuar a viver". É conclave na Igreja Católica e o cardeal brasileiro é o nome mais cotado para ser eleito Papa.


Para comandar o caso, a polícia convoca o renomado Delegado Ronaldo Leme, que dá início à maior caçada policial da história. Com uma equipe de detetives policiais altamente qualificados e o auxílio dos mais extraordinários equipamentos de investigação criminal, eles correm contra o tempo para deter O Copiador, mas esbarram em uma série de evidências enigmáticas, as quais precisam decifrar.

O caso cai como uma luva nas habilidosas mãos da imprensa, que exerce toda sua pressão sobre os ombros da polícia e transforma cada assassinato num espetáculo de horror.

O que move o Copiador?
Qual sua ligação com o cardeal?
Por que ele só mata aos sábados?

É com orgulho que digo que os autores brasileiros de suspenses policiais, principalmente os que estão despontando, estão dando um show! Demonstram conhecimento sobre o que estão escrevendo e não apenas se baseiam no que a TV ou o cinema retratam sobre o misterioso mundo investigativo. E o mais curioso é que foi escrito por dois jornalistas, mas parece que você está lendo fatos narrados por típicos policiais. Vide Júnior e Carllos Santos também expõe com sinceridade a antipatia mútua entre policiais e imprensa e como esta, quando bem manipulada, ao invés de ser uma pedra no sapato da polícia, pode ser de grande ajuda na solução de um crime complexo.

O livro te prende do início ao fim, não dá vontade de parar de ler, porque a trama é bem amarrada, sem discrepâncias, enfim... colocou muito nome bom e antigo pra trás, na minha opinião. A obra é consistente, de acordo com a nossa realidade e retrata o trabalho da polícia civil paulista. Se o leitor comparar com o livro Orgasmos Fatais, por exemplo, conseguirá perceber com nitidez a diferença entre os investigadores paulistas e cariocas. Igualmente competentes, mas com suas peculiaridades. E isto, tanto no que diz respeito à metodologia de trabalho, quanto ao comportamento. Achei bastante interessante confrontar tais aspectos.

Eu coloco este livro e o da Bianca Carvalho - Jardim de Escuridão - como sendo os melhores livros policiais (thrillers) de escritores pátrios que li até o momento. São estilos bem diferentes, mas ambos de excelente qualidade. Infelizmente, não vemos a mídia dar o devido prestígio a obras tão boas e, pra piorar, alguns leitores ainda torcem o nariz para os nacionais, sem ao menos dar uma chance para a leitura. Só têm a perder com seus pré-conceitos infundados.

Os autores de Investigação Criminal - O Assassino do Sétimo Dia - têm bagagem e fizeram um excelente trabalho, que merece se tornar um best-seller e até mesmo um roteiro de cinema. Por que não, né?